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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

PETI - Programa de Erradicação do Trabalho Infantil

O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) articula um conjunto de ações visando à retirada de crianças e adolescentes de até 16 anos das práticas de trabalho infantil, exceto na condição de aprendiz a partir de 14 anos.
O Peti compõe o Sistema Único de Assistência Social (Suas) e tem três eixos básicos: transferência direta de renda a famílias com crianças ou adolescentes em situação de trabalho, serviços de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças/adolescentes até 16 anos e acompanhamento familiar através do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).
O Peti atende mais de 820 mil crianças afastadas do trabalho em mais de 3,5 mil municípios. O programa reconhece a criança e o adolescente como sujeito de direito, protege-as contras as formas de exploração do trabalho e contribui para o desenvolvimento integral. Com isso, o Peti oportuniza o acesso à escola formal, saúde, alimentação, esporte, lazer, cultura e profissionalização, bem como a convivência familiar e comunitária; 
As famílias do Peti têm compromissos que devem ser observados. Cabe a elas o comprometimento da retirada de todas as crianças e adolescentes de até 16 anos de atividades de trabalho e exploração e a retirada de todas as crianças/adolescentes até 18 anos das atividades previstas na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil. 
Na área da educação, é necessário que crianças ou adolescentes de 6 a 15 anos possuam matrícula e frequência escolar mínima de 85%. Para os adolescentes de 16 e 17 anos de idade, a matrícula e a frequência escolar mínima devem ser de 75%. 
Na área de saúde, cabem às gestantes e lactantes o comparecimento às consultas de pré-natal e a participação nas atividades educativas sobre aleitamento materno e cuidados gerais com a alimentação e saúde da criança. Para as crianças menores de 7 anos, é exigido o cumprimento do calendário de vacinação e o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. 
Na área da assistência social, é exigido que as crianças e adolescentes de até 15 anos em risco ou retiradas do trabalho infantil possuam a frequência mínima de 85% da carga horária relativa aos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos da Proteção Social Básica. 
Ao ingressar no Peti, a família tem acesso à transferência de renda do Bolsa Família, quando atender aos critérios de elegibilidade, devido ao processo de integração dos programas. Às demais famílias também é garantida a transferência de renda através do Peti. Assim, a articulação dos dois programas fortalece o apoio às famílias, visto que pobreza e trabalho infantil estão amplamente relacionados nas regiões de maior vulnerabilidade. 
Após a transferência de renda, toda criança e adolescente que for encontrado em situação de trabalho, deve ser, obrigatoriamente, inserida no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Esse serviço é ofertado pela Proteção Social Básica com estreita articulação com o responsável pelo Peti no município.
Para mais informações sobre o programa acesse o site.: http://www.mds.gov.br/assistenciasocial/peti

Vídeos do YouTube:

Educação Sexual infantil - um Tabu! (parte 2)

So that's how é um filme de animação dinamarquesa/canadiana explicando como se fazem os bebês. Dublado em portugues europeu!
 
 

Educação Sexual infantil - um Tabu!

O menino pergunta: – Pai, por que o seu pênis é maior que o meu? O pai responde: – Porque o papai é maior, assim como o braço é maior, o pênis é maior também.
Esse diálogo simples, aberto e natural sobre sexo com crianças ainda é um tabu a ser superado para o Brasil avançar na educação sexual. A constatação é do sexólogo Marcos Ribeiro, consultor do Ministério da Saúde e da Fundação Roberto Marinho. Autor de Sexo Não É Bicho-papão! (Editora Zit, R$ 34,90), livro interativo e didático sobre sexo, o especialista esteve em Curitiba para ministrar uma palestra no I Seminário Interdisciplinar de Pedagogia da Faculdade Bagozzi.
Em entrevista, Ribeiro falou sobre relações de gênero, defendeu a educação sexual de jovens e crianças e avaliou os avanços do homossexualismo no Brasil.

Comunicação - Você acha que atualmente as pessoas estão falando mais sobre sexo?
Marcos Ribeiro - As pessoas estão falando mais de sexo; por outro lado, o sexo ainda é falado com muito preconceito. A gente ainda tem um novo grupo, falando de forma mais presente, falando de sexo como algo feio, sujo, pecaminoso, do homem sempre à frente ou acima da mulher, com os homens ainda acreditando que são os responsáveis pelo projeto da família ou formas de acreditar que são donos de suas mulheres. É importante para a gente pensar nessa resposta não em grandes capitais, mas no Brasil como um todo. Ainda há algumas cidades brasileiras, principalmente no interior do país, em que os homens acreditam realmente que as mulheres são suas propriedades.

Comunicação – Sem falar da mulher que tem de se guardar para o casamento ou para o parceiro, e o homem que pode ter quantas parceiras quiser…
MR - Eu posso dar um exemplo muito atual. Há pouco tempo estive em Apiacás, no Mato Grosso. Uma assistente social, com nível escolar alto, estava com o rosto marcado, porque na lua-de-mel o marido marcou o rosto dela para que todos soubessem que, a partir daquela data, ela tinha dono. Esse absurdo aconteceu por esses dias, nesse ano, no país! Então a gente tem que pensar no Brasil como um todo. A gente ainda tem muito a caminhar.

Comunicação – Você acha que atualmente a cultura e a mídia têm ajudado a mulher a lidar com a própria sexualidade? Ou acredita que a mídia está só erotizando as relações e corroborando o machismo?
MR - A mídia e a cultura influenciam muito positivamente. É evidente que a gente ainda tem casos de programas e de novelas que colocam a mulher em uma situação subalterna, mas na realidade já avançamos muito, politicamente, inclusive. Os escândalos que acontecem no Brasil: a mídia tem contribuído muito para que venham à tona. Com o comportamento sexual não é diferente. O adolescente, por exemplo, tem a Capricho e, por maior que seja o preconceito em relação à revista, é uma revista de qualidade – estou dando esse exemplo entre outras revistas.

Comunicação - O que seria uma solução para diminuir essa diferença entre gêneros: menino e menina, homem e mulher?
MR - O primeiro passo, e um passo muito importante, é falar para estudantes de cursos de pedagogia ou pedagogos. São esses profissionais que vão estar na escola, seja dando aula, seja como orientadores, seja cuidando do projeto pedagógico da escola. Começa na formação da criança, começa com o trabalho com os pais – porque não adianta o professor na sala falar alguma coisa e os pais em casa falarem o contrário. Formação é fundamental. Em segundo lugar, a mídia tem um papel importante. Nós temos hoje novelas que colocam essa discussão de forma muito significativa. Quando se têm na mídia esses exemplos se estimula a pessoa a pensar um pouco. Acho que o trabalho da escola e o trabalho dos meios de comunicação são muito importantes para mudar isso.

Comunicação - Sabemos o quanto a novela pode influenciar nesse caso. Há cenas na novela das seis, por exemplo, inadequadas para uma criança. Como você acha que os pais podiam adequar esse acesso? Limitar o uso da TV pode ser uma solução?
MR - Primeiro, a gente tem que pensar o seguinte: a televisão não pode ser utilizada como babá eletrônica – muitos pais fazem isso. É importante para os pais entenderem que os filhos estão sob sua responsabilidade e, portanto, limites são importantes. Limite não significa autoritarismo, mas significa colocar o limite e explicar para o filho que ele não pode ver alguns programas em alguns horários. Segundo, se os pais colocam os filhos para ver algum programa, ou se os filhos estão vendo um programa e os pais estão trabalhando, converse com a criança: “o que você viu, meu filho?”, “o que você achou daquilo?”. Ou seja, puxar a conversa para saber o que ele viu e, a partir daí, explicar o que é certo e errado, de uma forma natural, e ouvir muito a criança.

Comunicação - Pela sua experiência, em quem você nota mais dificuldade para lidar com a sexualidade: o homem ou a mulher?
MR - O homem. A mulher tem uma dificuldade que passou pela formação. Mas o homem tem uma dificuldade de discutir algumas coisas. O jovem, por exemplo, o adolescente menino, tem vergonha de dizer que não sabe. As mulheres falam logo, os homens ficam naquela, têm muito mais dificuldade.

Comunicação – Entre os vários livros que você escreveu, “Mamãe como eu nasci”, por exemplo, foi para auxiliar os pais na educação sexual?
MR - Foi. Eu sempre acreditei que é de pequeno que se aprende. Então não adianta a gente ficar só no adolescente. É fundamental que nós tenhamos um trabalho com adolescente, mas se nós pudermos começar desde pequenos vai ser um passo muito importante. Até porque as meninas têm engravidado cedo, a média da iniciação sexual tem sido aos 12 anos. A educação começa pela cidadania, pelo respeito ao outro. Desde pequeno ele tem que aprender a ser gente, tem que aprender a ser cidadão.

Comunicação - Como os pais devem abordar o filho para falar sobre sexo?
MR - De forma muito natural, tranqüila, respondendo no momento em que a criança perguntou. Então, se o menino pergunta: “pai, por que o seu pênis é maior que o meu?”, o pai responde: “porque o papai é maior, assim como o braço é maior, o pênis é maior também”, só isso. Sabe por quê? Porque mais importante que a resposta, é os filhos perceberem que os pais são pessoas “perguntáveis”, que os filhos possam saber que, quando tiverem alguma dúvida, eles podem perguntar aos pais. Se os pais jogam a pergunta para baixo do tapete, tenha certeza que a criança não vai esquecer essa pergunta, ela vai buscar com outra pessoa – e, às vezes, infelizmente, essa pessoa vem com segundas intenções.

Comunicação - Você acha que os filhos devem ter alguma restrição quanto à intimidade dos pais?
MR - Os pais têm que ter cuidado sim. Quer dizer, é uma intimidade dos pais. Os pais têm que ter esse cuidado simples de fechar a porta: é muito fácil, é só fechar e passar a chave, e deixar para os filhos: “o papai e a mamãe estão namorando”, “papai e a mamãe estão em uma intimidade”, “o papai e a mamãe estão conversando e você não tem que estar junto”. Outra coisa, é ensinar os filhos a baterem na porta antes de entrar. Por outro lado, você tem que bater na porta do seu filho e esperar. Você pode ouvir um “não entre”, tem que praticar esse limite. Agora, se a criança viu, é legal que os pais, no dia seguinte, cheguem e falem: “eu acho que você viu o papai e a mamãe fazendo amor, fazendo sexo, você sabe o que é isso? Deixa eu explicar”, para a criança não fantasiar.

Comunicação – Há também o cuidado de variar a explicação sobre sexo de acordo com a idade, com o entendimento que a criança tem. Como o pai faz para saber até onde ele pode ir com a criança?
MR - É fácil. É só perguntar para a criança: “o que você sabe sobre esse assunto?”. Aí a criança pode falar um monte de coisa que não tem nada a ver, e os pais devem falar: “não, filho, não é assim não”. E aí explica o que a criança está em dúvida e diz que, se ela tiver alguma outra dúvida, é pra perguntar. Às vezes a criança responde exatamente o que ela quer saber. Eu devo jogar a bola para saber até onde a criança sabe.

Comunicação - E quanto à homossexualidade, você acha que a sociedade está mais tolerante, receptiva e aberta para essa questão da opção sexual?
MR - Não é opção, é orientação, porque ninguém escolhe a sua sexualidade. Então a homossexualidade é uma orientação sexual. Eu acho que nós avançamos muito, mas ainda precisamos caminhar muito mais. Você vê, por exemplo, que foi feita a parada gay em São Paulo, que reuniu mais de três milhões de pessoas. Nós ainda temos ações profundamente discriminatórias, mas no passado nós nem imaginávamos colocar três milhões de pessoas em uma rua, nós não íamos pensar que íamos colocar uma excursão no Congresso, não íamos pensar em um setor do Ministério da Educação, o Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade), que tem um projeto para combater a homofobia. O fato de nós termos essa discussão em sala de aula é importante. Quer dizer: mudou pouco, mas o fato de a gente ter entrado nessa discussão da questão de homossexualidade, na questão da AIDS, o fato de ter aberto essa porta já é um grande passo. Para ter uma idéia, segundo uma pesquisa da Unesco feita com 16 mil adolescentes em 2004, se não me engano, 53% dos jovens disseram que não gostariam de ter um colega gay ao seu lado na sala de aula. Pode ser contraditório mostrar esse dado e dizer que houve avanços, mas antes esse assunto nem teria entrado na pesquisa.


Todos os créditos vão ao site: http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O trabalho infantil no Brasil ainda é um grande problema social

Milhares de crianças ainda deixam de ir à escola e ter seus direitos preservados, e trabalham desde a mais tenra idade na lavoura, campo, fábrica ou casas de família, muitos deles sem receber remuneração alguma. Hoje em dia, em torno de 4,8 milhões de crianças de adolescentes entre 5 e 17 anos estão trabalhando no Brasil, segundo PNAD 2007. Desse total, 1,2 milhão estão na faixa entre 5 e 13 anos.
 Apesar de no Brasil, o trabalho infantil ser considerado ilegal para crianças e adolescentes entre 5 e 13 anos, a realidade continua sendo outra. Para adolescentes entre 14 e 15 anos, o trabalho é legal desde que na condição de aprendiz.
O Peti (Programa de Erradicação ao Trabalho Infantil) vem trabalhando arduamente para erradicar o trabalho infantil. Infelizmente mesmo com todo o seu empenho, a previsão é de poder atender com seus projetos, cerca de 1,1 milhão de crianças e adolescentes trabalhadores, segundo acompanhamento do Inesc (Instituto de Estudos Socioeconômicos). Do total de crianças e adolescentes atendidos, 3,7 milhões estarão de fora.
Ao abandonarem a escola, ou terem que dividir o tempo entre a escola e o trabalho, o rendimento escolar dessas crianças é muito ruim, e serão sérias candidatas ao abandono escolar e consequentemente ao despreparo para o mercado de trabalho, tendo que aceitar sub-empregos e assim continuarem alimentando o ciclo de pobreza no Brasil. Sabemos que hoje em dia, a inclusão digital (Infoinclusão) é de extrema importância. Além da conclusão do ciclo básico de educação, e da necessidade de cursos técnicos, e da continuidade nos estudos, o computador vem se tornando fundamental em qualquer área de trabalho.
Desde que entrou em prática, no final de novembro de 2005, o projeto de inclusão digital do governo federal, Computador para Todos - Projeto Cidadão Conectado registrou mais de 19 mil máquinas financiadas. Programas do Governo Federal juntamente com governos estaduais, pretendem instalar computadores e acesso a internet banda larga em todas escolas públicas até 2010. Com isso esperam que o acesso a informações contribuam para um melhor futuro às nossas crianças e adolescentes.

Perfil do trabalho infantil no Brasil

Como já era de se esperar, o trabalho infantil ainda é predominantemente agrícola. Cerca de 36,5% das crianças estão em granjas, sítios e fazendas, 24,5% em lojas e fábricas. No Nordeste, 46,5% aparecem trabalhando em fazendas e sítios.
A Constituição Brasileira é clara: menores de 16 anos são proibidos de trabalhar, exceto como aprendizes e somente a partir dos 14. Não é o que vemos na televisão. Há dois pesos e duas medidas. Achamos um absurdo ver a exploração de crianças trabalhando nas lavouras de cana, carvoarias, quebrando pedras, deixando sequelas nessas vítimas indefesas, mas costumamos aplaudir crianças e bebês que tornam-se estrelas mirins em novelas, apresentações e comerciais.
A UNICEF declarou no Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil (12 de junho) que os esforços para acabar com o trabalho infantil não serão bem sucedidos sem um trabalho conjunto para combater o tráfico de crianças e mulheres no interior dos países e entre fronteiras. No Dia Mundial contra o Trabalho Infantil, a UNICEF disse/referiu com base em estimativas que o tráfico de Seres humanos começa a aproximar-se do tráfico ilícito de armas e drogas.
Longe de casa ou num país estrangeiro, as crianças traficadas – desorientadas, sem documentos e excluídas de um ambiente que as proteja minimamente – podem ser obrigadas a entrar na prostituição, na servidão doméstica, no casamento precoce e contra a sua vontade, ou em trabalhos perigosos.
Embora não haja dados precisos sobre o tráfico de crianças, estima-se que haverá cerca de 1.2 milhões de crianças traficadas por ano.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Abuso infantil:
Uma vida destruída! 
Vamos mudar assa realidade!

Familia

 O nosso blog tem a finalidade de ajudar a melhorar o relacionamento entre pais e filhos e que nem sempre a familia pode ser considerada um modelo perfeito, sempre exitem diversos atritos e isso não pode ser usado para justificar nenhum tipo de violencia!!!!!!!!!